domingo, 18 de setembro de 2016

TFP, uma abordagem para o Brasil


Importunante, aqui acabo me dirigindo à própria TFP. Se trata de uma sugestão, partindo do mote vocacional da honra, o qual se atribui ao grupo, sobre como abordar brasileiros que possuem o brio patente em sua fisionomia.




No meu ponto de vista, sempre vi a TFP como uma organização militar, embora a principal armas sua seja o terço e a luta na arena da cultura e da opinião pública. Portanto, se trata da honra do ponto de vista mais vingativo e enérgico possível, que zela pela dignidade pública da Fé Católica.

Nisso tudo já há uma cosmovisão claramente universalista, como o é a própria fé nossa. Vejo uma postura homogênea ao disseminar essa combatividade No apostolado pelo mundo. No entanto, no discurso público brasileiro poderia ser acrescida algo da missão providencial do nosso povo.

As pessoas que consomem a cultura massificada do mundo globalizado ficam extremamente satisfeitas com seu conforto e comodidade. Porém este benefício explícito traz escondido em si um veneno implícito, sorrateiro e opressor. No subconsciente do homem gregário fica a mensagem clara: "eu estou na periferia da produção cultural e científico-tecnológica". A minha opinião, a contribuição da minha comunidade, a colaboração da minha língua, a nossa herança e tradição cultural... todas essas coisas são irrelevantes má produção espiritual agora. Ora, o que encarna nas coisas concretas demonstra quais são os deuses em vigor.

Não nos enganemos com essas mensagens subliminares. Por exemplo, o Nazismo e sua doutrina racista foram formal e historicamente derrotados, não obstante existe uma mensagem oculta, larga e sutilmente disseminada desde filmes a teorias universitárias, que nos induzem a concluir que a nossa raça, herdada de um sangue mediterrâneo mais moreno, é inferior ao branco do norte da Europa e pior é o caso de outras raças mais distantes. Isso vale não só para raças, mas também para locais, culturas, costumes, ordens sociais, idiomas etc.

A grande mensagem de submissão quer indicar que não conseguimos, neste caso, não só nós brasileiros, mas também muitos outros povos, tomar as rédeas da história e determinar o rumo de nossas vidas como homens livres. Embora seja uma ideia de fácil refutação, sua sugestão subreptícia pode deprimir a saúde psíquica de uma pessoa normal. Posso lhes garantir que fenômenos opostos a isso, desde ouvir o hino nacional até ler o livro "Nobreza e elites tradicionais análogas", têm um caráter inclusive exorcístico. A sugestão depressiva do demônio de que não somos agentes da história, mas apenas pacientes, tem o efeito de influência demoníaca, mesmo não se tratando de um fenômeno frontalmente religioso. Mas o demônio tem seus meandros pra nós derrubar.

Entretanto nós brasileiros temos disponível um remédio caseiro contra isso, inclusive com dois efeitos positivos. A TFP, se fosse em absurdo considerada fora da sua filiação à Igreja mas apenas dentro de seu caráter ideológico, como mais uma ideia entre comunismo, nazismo, fascismo, liberalismo etc... ou seja, se fosse considerada como uma entre as várias cosmovisões possíveis e não a própria filosofia da história da Igreja... nesse caso temos uma ideia legitimamente brasileira.

Embora todo o movimento esteja alicerçado em várias heranças contra-revolucionárias ultra-montanas, me pareceu que a colaboração do Dr Plínio foi como que verdadeiramente inovadora, na medida em que coloca numa mesma linha histórica e filosófica todas as revoluções e as reações contra-revolucionárias. As eleições da providência entre povos e indivíduos para colaborar com sua obra são sempre pessoais e não abstratas e aleatórias. Neste ponto de vista, o Dr Plínio, a TFP e o Brasil assumem um papel histórico específico e necessário na guerra entre os filhos de Maria e os filhos da serpente, como servos fiéis a serviço de Deus.

A mim pareceu que a formulação contra-revolucionária completa e sem nódoa é brasileira. Então o Brasil teve gênio suficientemente digno de colaborar com a providência. E mais, me parece uma das poucas ideias brasileiras a conduzir o mundo. O orgulho de se incluir nesse front estando-se em casa é muito grande. Um bom primeiro público a se fomentar esse orgulho é o militar (em palestras em organizações militares), para o qual o brio é motivador. Lembro-me de ter comentado isso numa roda de discussão na Universitè d'etè na Polônia, mediada pelo Dr Mário Navarro. E experiências em apostolado pessoais corroboram esse orgulho, como ao saberem que o português é a segunda língua em universidade da TFP nos EUA. Posso estar enganado sobre esse protagonismo do Brasil, mas não é o que penso.

Parece um assunto supérfluo, mas inflar a dignidade do pensamento brasileiro por esse expediente ajuda a própria TFP, aumentando as suas fileiras, mas também aumenta a auto-estima da cultura brasileira. E na guerra, o moral da tropa é de importância fundamental. E não se trata de menosprezar os demais povos, por não terem esse protagonismo, mas todos no mundo podem se unir ao defensor da Fé que a providência chamou a esta hora. Amanhã talvez seja outro. Deus se utiliza das contingências históricas, das pessoas em concreto e das ocasiões.

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